Entrou no elevador.
A um canto, outra mulher segurava firme debaixo do braço uma enorme bolsa de couro lilás.
– Que ousadia, uma bolsa lilás – sorriu ela.
– Acabei de dizer a um homem que o amo – respondeu a outra.
– Então entrei numa loja e, entre todas, escolhi essa bolsa. Eu precisava sentir nas mãos a minha audácia.
Não sorriu. Agarrou-se náufraga na alça.
Marina Colasanti
Sou um todo, Feita de detalhes, como uma colcha antiga, cosida a retalhos. Cada pedaço é um ato, um laço atado em meu ser... são pedaços vermelhos de mim, vermelhas as paixões que vivi! vermelhas as tensões que sofri! vermelho o batom que usei! vermelho o tambor que toquei! cada muitos pedaços vermelhos: o escarlate, o carmesim e o magenta, estão todos nessa lenda onde moro, morro e sei. Jan de IanSá foto: http://www.bordadosdalea.com.br
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